Abrupta, que a leitura simplesmente seja, sem intermédio de palavra nenhuma, a não ser das que logo se anulam ao pressentir o raio de uma ação. Segue envolvida por essa voz que a seduz como que desavisada, e descobre o lugar em que as palavras se esquecem de seu limite, perdem a consciência de sua pobreza, se lançam como meio de alcançar e, numa combustão espontânea, se iluminam e lançam a realidade por inteira, a que deveríamos evitar ou desejar, seja lá como for, a leitura realiza encontros inconcebíveis o corpo do leitor é puro desnudamento e devoção. É por isso que algo começa aqui e que algo não finda no que começa aqui, pois há enquanto houver nosso testemunho entre os sapos, os bois e as libélulas; enquanto o insólito for conservado como um segredo entre nós.